terça-feira, 16 de julho de 2013

Projeto que eu realizo com meus alunos do segundo ano do ensino médio do colégio ITF



RECIFES DE CORAIS – CONHECER PARA PRESERVAR

1-Introdução

Os recifes de corais são encontrados em mais de 100 países e territórios através dos trópicos. Sua beleza é lendária e a importância indiscutível. Podemos dizer que as águas do mar tropical escondem um ecossistema que está entre os mais ricos do mundo: os recifes de coral, oásis de vida marinha.
Um recife de coral, sob o ponto de vista geomorfológico, é uma estrutura  rochosa, rígida, resistente à ação mecânica das ondas e correntes marinhas, e construída por organismos marinhos (animais e vegetais) portadores de esqueleto calcário (Leão, 1994). Em geral usa-se o termo “de coral” devido ao papel preponderante que estes organismos tem em recifes de diversas partes do mundo. Sob o ponto de vista biológico, recifes coralíneos são formações criadas pela ação de comunidades de organismos denominados genericamente "corais". 
Nesse sentido, percebe-se que para crescer, os corais formadores de recifes precisam de águas mornas, rasas, dotadas de salinidades apropriadas e bem iluminadas. Contudo por ser um dos ecossistemas mais frágeis do mundo, os recifes estão sob ameaça constante. Segundo o portal São Francisco (2012), nas últimas décadas, cerca de 35 milhões de recifes de corais foram destruídos pelo homem, em 93 países.
Dessa forma, os corais brasileiros foram intensamente estudados por J. Laborel, que fez o levantamento das colônias existentes entre o Ceará (Fortaleza) e São Paulo (Santos). A região mais rica em corais fica na Bahia entre Salvador e o arquipélago dos Abrolhos, a setenta quilômetros do litoral baiano, onde se encontra um patrimônio biológico único da América do Sul.
Em todo o país, existem 18 espécies de corais verdadeiros que formam recifes em águas rasas, além de cerca de 60 espécies que podem ocorrer no mar profundo. Porém, toda essa riqueza está ameaçada.
Segundo Débora Pires (2012), os corais são organismos fixos; não se movem, por exemplo, como um peixe. Por isso, são vulneráveis a qualquer alteração na água do mar: não têm como fugir. A pesquisadora conta que os recifes de águas rasas são muito sensíveis a mudanças de temperatura e salinidade, entre outras. “Os corais são sentinelas do mar, ou seja, são os organismos que primeiro irão sofrer com mudanças no ambiente marinho”, completa, “Coral é um nome vulgar usado para diferentes tipos de cnidários – grupo de animais aquáticos que também inclui as águas-vivas e anêmonas”, explica a bióloga marinha Débora Pires (2012).
Assim, vale salientar que estamos falando de uma região próxima ao renomado patrimônio biológico Sul da Bahia, onde desenvolvemos  um trabalho de educação ambiental com os alunos do 2º ano do ensino médio do Colégio Inácio Tosta Filho, sobre os corais. Esse trabalho busca aliar aula teórica com a prática, depois da base teórica eles são levados para realizarem um mergulho nos recifes de corais num local conhecido como Recife de Carapeba, nas águas do mar da  vila de Cumuruxatiba – Prado-Ba,  local de rara beleza, onde ainda é possível ver, além dos corais,  uma abundante e variada vida marinha.
E com isso, enfatiza-se que a preocupação com o estado de conservação dos recifes, não é recente. Há uma década, cientistas reuniram-se para discutir os impactos causados pela destruição de alguns recifes.
Assim, a partir desses enfoques, percebe-se que a ação indireta do homem pode representar séria ameaça aos recifes quando, modificando as condições normais do ambiente marinho, a depender do grau de impacto humano degradam os recifes de coral, na falta de cuidado na ancoragem dos barcos e a movimentação de mergulhadores, apoiando-se, pisando ou esbarrando nos corais, podem danificar os recifes.
Nesse sentido, preservar os recifes de corais é importante por muitos motivos. Por exemplo, eles protegem a costa contra ondas, evitando a erosão, e abrigam espécies importantes de peixes, crustáceos, moluscos e equinodernos.

2-Questões Norteadoras

- Qual a importância dos recifes de corais para a população do Sul da Bahia?

- O que fazer para preservar este patrimônio biológico?

3-Objetivos

Geral:

- Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformação do mundo em que vive, numa relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente.


Específicos:

- Identificar as relações e a interdependência entre todos os seres vivos, inclusive nossa espécie, e os demais elementos do ambiente, avaliando como equilíbrio dessas relações é importante para a continuidade da vida em nosso planeta.

- Observar poríferos e cnidários em seu habitat natural e sua importância para o equilíbrio do meio ambiente marinho.

- Verificar a função dos corais no ecossistema marinho e os impactos dos desequilíbrios ambientais.


4-Referencial Teórico da Pesquisa


Com base na fundamentação teórica para realização deste trabalho será necessário buscar junto aos sites de busca alguns documentários, uma vez que o tema em estudo ainda é pouco difundido. A abordagem será qualitativa e será feito um estudo de caso.
Será realizado um estudo junto com alguns autores como: Destefenni (2005), Vieira (1998), Gevertz (2000), Leão (1994), Morin (2003). Estes por sua vez completam a ideia da preservação e da conscientização dos cuidados que devemos ter com os recifes de corais.

5- Metodologia


            Os objetivos do presente trabalho serão alcançados através de várias ações, privilegiando a pesquisa bibliográfica na internet e em livros especializados.
            Incialmente, será ministrada uma aula expositiva sobre  corais, destacando a relação existente entre eles e as zooxantelas- as algas unicelulares com os quais se associam simbioticamente. Após esse momento será mostrado o documentário, exibido pelo Fantástico no dia 13/06/2010,   Aquecimento global ameaça corais que só existem no Brasil.
            Será proposto aos alunos que realizem o levantamento das áreas onde os corais podem ou não desenvolver, levando em consideração a sensibilidade do bicho às variações de temperatura.
          Realizar discussões dentro do tema ecologia, para que os alunos consigam relacionar o desmatamento com o desequilíbrio da vida marinha.
           As pesquisas dos alunos serão realizadas utilizando  consultas a vários sites, buscando expandir o conhecimento sobre o assunto.
            Far-se-á também registros fotográficos e filmagens do mergulho que será realizado no recife de Carapeba, em Cumuruxatiba – Prado – Ba, o material coletado será subsídio para que os alunos redijam um artigo que será postado em um blog criado para esse fim.


 Referências

DESTEFENNI, Marcos. A responsabilidade civil ambiental e as formas de reparação do dano ambiental: aspectos teóricos e práticos. Bookseller. Campinas, 2005.

GEVERTZ, Rachel. Em busca do conhecimento ecológico: uma introdução à metodologia, 2ª ed. Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2000.
MILLS, C. Wright. Apêndice: Do artesanato intelectual. In: _____A imaginação sociológica. 6ª edição. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. P.211-243
MINAYO, Mª Cecília de Souza. Conceitos para operacionalização da pesquisa. In: _____O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10ª d. São Paulo: Hucitec, 2007. P.175-181
3)MINAYO, Mª Cecília de Souza. Projeto de Investigação. In: _____O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10ª d. São Paulo: Hucitec, 2007. P.182-188.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento, 8ª ed. Editora Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2003.

NICOLA ABBAGNANO. DICIONÁRIO DE. FILOSOFIA. Martins Fontes São Paulo 1998. Easy PDF Creator is professional software to create PDF.

PUCCI, Bruno. O riso e o trágico na indústria cultural: a catarse administrada” in : Sociologia e Educação: leituras e interpretações /Alonso Bezerra de Carvalho, Wilson Carlos Lima da Silva [et al]. – São Paulo: Avercamp, 2006.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Pós-graduação e pesquisa: o processo de produção e sistematização do conhecimento no campo educacional. In: BIANCHETTI, Lucídio.; MACHADO, Ana.Mª N (org). A Bússola do escrever: desafios e estratégias na orientação e escritas de teses e dissertações. 2 ed. Florianópolis: UFSC; Cortez: SP, 2006. P. 67-87.

VIEIRA, Liszt. Cidadania e política ambiental. Record. Rio de Janeiro, 1998.

PIRES, Débora. Revista Ciências Hoje. São Paulo: 2012. Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/mergulho-no-mundo-dos-corais/acesso em 2012.


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