RECIFES DE CORAIS – CONHECER PARA PRESERVAR
1-Introdução
Os recifes de corais são
encontrados em mais de 100 países e territórios através dos trópicos. Sua
beleza é lendária e a importância indiscutível. Podemos dizer que as águas do
mar tropical escondem um ecossistema que está entre os mais ricos do mundo: os
recifes de coral, oásis de vida marinha.
Um recife de coral, sob
o ponto de vista geomorfológico, é uma estrutura rochosa, rígida, resistente à ação mecânica
das ondas e correntes marinhas, e construída por organismos marinhos (animais e
vegetais) portadores de esqueleto calcário (Leão, 1994). Em geral usa-se o
termo “de coral” devido ao papel preponderante que estes organismos tem em
recifes de diversas partes do mundo. Sob o ponto de vista biológico, recifes
coralíneos são formações criadas pela ação de comunidades de organismos
denominados genericamente "corais".
Nesse sentido, percebe-se que para crescer, os corais
formadores de recifes precisam de águas mornas, rasas, dotadas de salinidades
apropriadas e bem iluminadas. Contudo por ser um dos ecossistemas mais frágeis
do mundo, os recifes estão sob ameaça constante. Segundo o portal São Francisco
(2012), nas últimas décadas, cerca de 35 milhões de recifes de corais foram
destruídos pelo homem, em 93 países.
Dessa forma, os corais brasileiros foram intensamente
estudados por J. Laborel, que fez o levantamento das colônias existentes entre
o Ceará (Fortaleza) e São Paulo (Santos). A região mais rica em corais fica na
Bahia entre Salvador e o arquipélago dos Abrolhos, a setenta quilômetros do
litoral baiano, onde se encontra um patrimônio biológico único da América do
Sul.
Em todo o país, existem
18 espécies de corais verdadeiros que formam recifes em águas rasas, além de
cerca de 60 espécies que podem ocorrer no mar profundo. Porém, toda essa
riqueza está ameaçada.
Segundo Débora Pires
(2012), os corais são organismos fixos; não se movem, por exemplo, como um
peixe. Por isso, são vulneráveis a qualquer alteração na água do mar: não têm
como fugir. A pesquisadora conta que os recifes de águas rasas são muito
sensíveis a mudanças de temperatura e salinidade, entre outras. “Os corais são
sentinelas do mar, ou seja, são os organismos que primeiro irão sofrer com
mudanças no ambiente marinho”, completa, “Coral é um nome vulgar usado para diferentes
tipos de cnidários – grupo de animais aquáticos que também inclui as
águas-vivas e anêmonas”, explica a bióloga marinha Débora Pires (2012).
Assim, vale salientar
que estamos falando de uma região próxima ao renomado patrimônio biológico Sul
da Bahia, onde desenvolvemos um trabalho
de educação ambiental com os alunos do 2º ano do ensino médio do Colégio Inácio
Tosta Filho, sobre os corais. Esse trabalho busca aliar aula teórica com a
prática, depois da base teórica eles são levados para realizarem um mergulho nos
recifes de corais num local conhecido como Recife de Carapeba, nas águas do mar
da vila de Cumuruxatiba – Prado-Ba, local de rara beleza, onde ainda é possível
ver, além dos corais, uma abundante e
variada vida marinha.
E com isso, enfatiza-se
que a preocupação com o estado de conservação dos recifes, não é recente. Há
uma década, cientistas reuniram-se para discutir os impactos causados pela
destruição de alguns recifes.
Assim, a partir desses
enfoques, percebe-se que a ação indireta do homem pode representar séria ameaça
aos recifes quando, modificando as condições normais do ambiente marinho, a
depender do grau de impacto humano degradam os recifes de coral, na falta de
cuidado na ancoragem dos barcos e a movimentação de mergulhadores, apoiando-se,
pisando ou esbarrando nos corais, podem danificar os recifes.
Nesse sentido, preservar
os recifes de corais é importante por muitos motivos. Por exemplo, eles
protegem a costa contra ondas, evitando a erosão, e abrigam espécies importantes
de peixes, crustáceos, moluscos e equinodernos.
2-Questões
Norteadoras
- Qual a importância dos recifes de
corais para a população do Sul da Bahia?
- O que fazer para preservar este
patrimônio biológico?
3-Objetivos
Geral:
- Compreender a natureza como um todo
dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformação do mundo em
que vive, numa relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes
do ambiente.
Específicos:
- Identificar as relações e a
interdependência entre todos os seres vivos, inclusive nossa espécie, e os
demais elementos do ambiente, avaliando como equilíbrio dessas relações é
importante para a continuidade da vida em nosso planeta.
- Observar poríferos e cnidários em seu
habitat natural e sua importância para o equilíbrio do meio ambiente marinho.
- Verificar a função
dos corais no ecossistema marinho e os impactos dos desequilíbrios ambientais.
4-Referencial
Teórico da Pesquisa
Com base na
fundamentação teórica para realização deste trabalho será necessário buscar
junto aos sites de busca alguns documentários, uma vez que o tema em estudo
ainda é pouco difundido. A abordagem será qualitativa e será feito um estudo de
caso.
Será realizado um
estudo junto com alguns autores como: Destefenni (2005), Vieira (1998), Gevertz
(2000), Leão (1994), Morin (2003). Estes por sua vez completam a ideia da
preservação e da conscientização dos cuidados que devemos ter com os recifes de
corais.
5-
Metodologia
Os
objetivos do presente trabalho serão alcançados através de várias ações,
privilegiando a pesquisa bibliográfica na internet e em livros especializados.
Incialmente,
será ministrada uma aula expositiva sobre
corais, destacando a relação existente entre eles e as zooxantelas- as
algas unicelulares com os quais se associam simbioticamente. Após esse momento
será mostrado o documentário, exibido pelo Fantástico no dia 13/06/2010, Aquecimento
global ameaça corais que só existem no Brasil.
Será proposto aos alunos que
realizem o levantamento das áreas onde os corais podem ou não desenvolver,
levando em consideração a sensibilidade do bicho às variações de temperatura.
Realizar discussões dentro do tema ecologia, para que os alunos consigam
relacionar o desmatamento com o desequilíbrio da vida marinha.
As pesquisas dos alunos serão
realizadas utilizando consultas a vários
sites, buscando expandir o conhecimento sobre o assunto.
Far-se-á
também registros fotográficos e filmagens do mergulho que será realizado no
recife de Carapeba, em Cumuruxatiba – Prado – Ba, o material coletado será subsídio
para que os alunos redijam um artigo que será postado em um blog criado para
esse fim.
Referências
DESTEFENNI, Marcos. A responsabilidade civil ambiental e as formas de reparação do dano
ambiental: aspectos teóricos e práticos. Bookseller. Campinas, 2005.
GEVERTZ, Rachel. Em busca do conhecimento ecológico: uma introdução à metodologia,
2ª ed. Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2000.
MILLS, C. Wright. Apêndice: Do
artesanato intelectual. In: _____A imaginação sociológica. 6ª edição.
Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. P.211-243
MINAYO, Mª Cecília de Souza. Conceitos
para operacionalização da pesquisa. In: _____O Desafio do Conhecimento:
pesquisa qualitativa em saúde. 10ª d. São Paulo: Hucitec, 2007. P.175-181
3)MINAYO, Mª Cecília de Souza. Projeto
de Investigação. In: _____O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa
em saúde. 10ª d. São Paulo: Hucitec, 2007. P.182-188.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento, 8ª
ed. Editora Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2003.
NICOLA ABBAGNANO. DICIONÁRIO DE.
FILOSOFIA. Martins Fontes São Paulo 1998. Easy PDF Creator is professional
software to create PDF.
PUCCI, Bruno. O riso e o trágico
na indústria cultural: a catarse administrada” in : Sociologia e Educação:
leituras e interpretações /Alonso Bezerra de Carvalho, Wilson Carlos Lima da
Silva [et al]. – São Paulo: Avercamp, 2006.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Pós-graduação e pesquisa: o processo de produção e sistematização do
conhecimento no campo educacional. In: BIANCHETTI, Lucídio.; MACHADO,
Ana.Mª N (org). A Bússola do escrever: desafios e estratégias na orientação
e escritas de teses e dissertações. 2 ed. Florianópolis: UFSC; Cortez: SP,
2006. P. 67-87.
VIEIRA,
Liszt. Cidadania e política ambiental.
Record. Rio de Janeiro, 1998.
PIRES, Débora. Revista Ciências Hoje. São Paulo: 2012. Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/mergulho-no-mundo-dos-corais/acesso
em 2012.